O tempo e o perdão

Passado, presente e futuro são tempos verbais de uma existência. Existimos ontem. Está cravado, inalterável nas linhas da nossa biografia. Existo hoje como consequência do ontem, mas o amanhã ninguém sabe. O futuro é instável, uma consequência de atitudes, escolhas e também caráter. 

Projetamos um futuro que a vida pode mudar a qualquer instante. Uma promoção para outro departamento, cidade e até país. Um filho em gestação invisível, um divórcio não esperado, a perda de um ente querido. A vida é dinâmica.

Imagine-se no amanhã como uma consequência exata do hoje. O que você vê? É isto que você quer para o seu futuro? Se a resposta for SIM, continue, mas se esta pessoa que  você guarda por dentro, este ser que você vê no espelho, não são exatamente a sua melhor versão, mude. Ainda há tempo, não importa quanto tempo lhe reste. 

O seu futuro depende do agora, dos sentimentos que você carrega no peito, dos desejos secretos das noites insones, das lágrimas de alegria ou dor.

Independente de a vida tomar um rumo próprio, temos que fazer a nossa parte, para o caso de ela tirar um cochilo e deixar o nosso barco à deriva. Somos seres imperfeitos. Erramos, desculpamo-nos e seguimos adiante vigilantes para que o erro não se repita. Cabe ao outro perdoar ou não. 

Eu perdoo. Perdoo os que me machucaram e a mim mesma. Dispo-me do peso da bagagem do ontem. e, na leveza do agora, sigo em paz para o amanhã.

"Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se. Você quer ser feliz para sempre? Perdoe." - Tertuliano

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