E agora, o que é que eu faço?


Às vezes, sinto-me com a síndrome do cão que corre atrás do rabo. Passo por um desgaste colossal, esforço-me para fazer alguma coisa e, quando está pronta, penso... o que é que eu faço, agora? Foi assim quando, em outubro de 2012, eu concluí o meu primeiro livro.

A palavra FIM na tela do computador colocava um ponto final em meses de trabalho. Na verdade, a ideia original surgira quinze anos antes, mas fora apenas uma noite de descarrego. Pelo menos foi o que me pareceu quando, lutando contra uma insônia (com imagens e sons que ficavam enchendo a minha cabeça), tive que me sentar diante do computador e encher páginas e páginas de uma estória que seria concluída mais de uma década depois quando eu teria que tomar uma decisão: guardá-lo na gaveta ou publicá-lo.

Para ser franca, nunca pensei em engavetá-lo. Seria como aprisionar uma criança cheia de vida! Portanto, guardar o arquivo para sempre não estava em questão. Só me restava a outra alternativa. A simples palavra “publicar”, porém, me causava pânico. “E se não gostarem?” “E se ninguém comprar?” “E se eu virar a piada do dia?” É, caros amigos, é nessas horas que a mente perversa funciona melhor, criando monstros capazes de minar a atitude de qualquer um!

Primeiro, passei o livro para algumas amigas. Afinal, amiga é pra essas coisas. Como dizem, tem que comer um prato de sal junto! Então, entreguei-lhes o meu prato de sal. Trezentas e cinquenta páginas salgadas para desgustar. Para a minha surpresa, algumas delas leram! E adoraram! Criei coragem, então, para entrar em contato com algumas editoras, mesmo sabendo que estaria entrando em uma disputa meio David X Golias. E as respostas confirmaram de que lado da luta eu estava.

Pediram dinheiro para publicá-lo. E não foi pouco. Para mim, era como um medidor de qualidade do meu trabalho. Se fosse excepcionalmente bom, eles fariam de graça, visando o percentual dos royalties. Como eles pediram muito... hmmm... não era bom sinal. Ao mesmo tempo, eles nem leram. A proposta me fora enviada uma semana depois de eu mandar apenas a sinopse e um resumo resumidíssimo do livro.

Uma terceira editora, porém, me pediu a obra completa. Fiquei angustiada. E por muito tempo. O vai e vem de emails levou quase um ano e, no final, me disseram que o trabalho era muito bom, muito bem elaborado, mas que eles não tinham espaço para novas publicações naquele ano. Era o que eu precisava para responder à minha pergunta inicial: o que eu faço, agora? E a resposta me veio como um furacão: vou distribuir gratuitamente pela internet.

E assim, um minuto depois, eu havia escrito um post na minha página do Facebook comunicando o lançamento do meu primeiro livro digital. Eu precisava apenas de uma semana para revisá-lo e, no domingo seguinte, colocaria o link à disposição para quem quisesse ler. Para a minha total surpresa (de novo), o interesse foi geral! Passei a tarde toda respondendo emails, mensagens, posts, criando a página do livro na rede social e vídeos promocionais. Sophie estava para nascer!

Foi a semana mais intensa que eu tive desde que havia terminado o livro, quase dois anos antes. E foi ótimo! Melhor ainda quando, no domingo de lançamento, o número de downloads crescia minuto a minuto. Amigos, amigos dos amigos e pessoas que eu nunca tinha visto estavam baixando o livro e me enviando mensagens de apoio e de expectativa. Finalmente, Sophie saíra da minha cabeça, ganhara o seu próprio espaço na mente de outras pessoas. Passava a sua mensagem. Estava viva!

E a sua vida terá uma sequência. Uma apenas, não. Várias. “As vidas de Sophie” é apenas o primeiro livro de uma série. Atualmente, já estou trabalhando no segundo volume.

Eu sei que daqui a alguns meses, quando a palavra FIM estiver à minha frente novamente, a pergunta inconveniente estará de volta. Seja como for, quando eu me perguntar de novo o que fazer com aquela nova criança em meus braços, uma coisa é certa. Eu não vou trancá-la em uma gaveta escura ou em um HD frio. De um jeito ou de outro ela vai ganhar vida. É só esperar para ver!

Se você quiser conhecer Sophie e sua incrível estória, basta um click. O download é gratuito!

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Na hora de baixar, vários botões de download vão aparecer na sua página. Clique somente no botão menor, na parte inferior da tela. Os outros são anúncios sobre os quais eu não tenho controle.


Comentários

Rayane Oliveira disse…
Olá Érika,
Através do blog da Tamires (de tudo um pouco) conheci o livro... e já fiz o download. Adorei a sinopse e me deixou cheia de curiosidade.
Mesmo não ter lido ele ainda te desejo toda sorte e sucesso.

beijos!
auniversitaria.com