Cinquenta tons de sexo, amor, luxuria, desejo, ....ah, são tantas emoções!


Ele era um monstro por dentro, usava as mulheres como objeto de submissão para satisfazer seu prazer sexual, físico e emocional. “As pessoas que me conhecem bem, provavelmente, diriam que eu não tenho coração.” Este é Christian Grey, 28 anos, empreendedor milionário com uma vida dupla e comprometedoramente sexy. Ah, e lindo, claro. Um corpo escultural e cabelos, e torax e abdomem... Grey é todo corpo e sexo....

Ela, uma jovem de 21 anos, virgem, tímida, bonitinha, inteligente com uma vida inteira pela frente. Uma presa fácil para o lobo mau mais sexy dos últimos tempos. Claro que ela caiu, claro que ficou de quatro (literalmente), claro que sofreu (física e emocionalmente) e, claro, Anastacia Steele virou o mundo de Christian de cabeça para baixo.

O confronto de padrões, estilo de vida, conceitos e valores faz da trilogia Cinquenta Tons simplesmente magnífico. Não é perfeito, não mesmo. É repetitivo em muitos aspectos e até infantil em outros, mas ainda assim, vale a pena.

As feministas de plantão logo logo o queimarão em praça pública e eu vou rir muito, porque dizer que os livros da autora britânica E.L. James (foto) é uma apologia à mulher objeto ou o caminho errado para o sexo, ou a deformação da moral é assinar documento de ignorância de vida e do conteudo do livro.

Qualquer mulher que tenha cedido para equilibrar um relacionamento; qualquer mulher que tenha realizado fantasias sexuais de seu parceiro; qualquer mulher que tenha cruzado um limite (seja por curiosidade ou desejo), vai entender e aplaudir a protagonista Anna Steele. Eu a adoro! Bobinha, como toda garota de 21 anos é, mas que, pouco a pouco, mostra toda a sua personalidade.

Não posso comentar sobre a trilogia ser uma cópia da saga Crepúsculo, porque não li estes livros, apenas vi os filmes e, realmente, muitas características se repetem, como poderia ser também uma cópia do conto dos irmãos Grimm, A Bela e a Fera. 

Poucas obras são inteiramente genuínas, aliás. Todas sofrem influências e inspirações de outros autores, mas a ousadia de E. L James, ou Erika Leonard (que infelizmente não sou eu), nos faz esquecer toda a sua repetição, plágio ou coisas do gênero.

Li os três livros em quase duas semanas. Talvez dez dias, não sei. Fiquei perdida nos dias, noites e madrugadas devorando cada palavra. É fácil se deixar seduzir pelo luxo, pela beleza e pela atmosfera sensual dos livros. As cenas de sexo (que são muitas, muitas mesmo) não são perfeitas, mas são maravilhosavemente narradas em detalhes, sem sequer esbarrar na vulgaridade. 

O único risco que a leitora corre ao ler os livros Cinquenta tons é se apaixonar pela história e por Christian. Um grande risco, aliás, mas sinto em lhes dizer: isso é só ficção. Um homem como ele, não existe. Mas o mundo em que ele introduz Anna (hum... ), sim, e não estou falando do seu mundo de luxo, mas do outro mundo. (leia o livro para entender!)

Mas lembre-se: nada vem de graça.

E um último recado para os homens: se, de repente, sua mulher ou namorada, começar a ter necessidades estranhas como algemas, máscaras ou coisas do gênero, não se preocupe. Relaxe e vá ao playroom  (leia o livro!) porque, este, é apenas um dos efeitos dos cinquenta tons.

Para quem não tem paciência para ler 3 volumes de 400 páginas cada um, é só esperar o filme, daqui a dois anos, talvez. Eu, leria os livros... 

Comentários

Anônimo disse…
Pronto agora me toca ler esses livros!!
Dila M.P. disse…
Olha Erika, eu não tenho vergonha de admitir..eu me envolvi e me apaixonei pela historia… é um conto de fadas moderno e sensual… Ainda outro dia li uma critica de um colunista da revista Época e pensei "Acho que ele não leu o livro ou esta querendo aproveitar os holofotes do livro (e da sua polêmica) para um pouco de visibilidade".
Eu até acho que a narrativa vai chocar, algumas leitoras pudicas tanto quanto as feministas, mas acredito que mesmo essas, em sua maioria, vão continuar lendo o livro secretamente até o final (ainda que o neguem ou que publicamente fiquem horrorizadas)… Porque é realmente envolvente, é desafiador e nos prende, literalmente.

A ousadia de E.L.James talvez não tenha nada de novo… seja só um tom à mais às literaturas românticas e um tom à menos às historias do Marquês de Sade. Mas o fato é que deu certo, e assim como Dan Brown e J.K. Rowling, instigou milhares de pessoas à leitura, à fantasia, sem a pretensão de ser unânime.

Tomara muitas outras mais se rendam ao "prazer" da leitura, isso com certeza pode tornar o mundo um pouco mais divertido !!!
Sonia A A A disse…
Eu "devorei" o primeiro em poucos dias... Amei. Quando lia a troca de email ria sozinha... Amei